30.10.17

afaste-se de pessoas tóxicas na fase crítica da abstinência

Todos  os especialistas concordam: devemos nos afastar de pessoas que compartilhavam o vício conosco quando abandonamos qualquer tipo de droga; devemos evitar as famosas "situações gatilho" - ingerir bebida alcoólica, por exemplo.

Até aí, tudo certo, mas têm algumas informações subjacentes a essas dicas que nunca são ditas, por isso resolvi escrever. 

Devemos nos afastar não apenas dos amigos que partilhavam o maldito do cigarro com a gente por um breve período, mas de TODOS aqueles que NOS intoxicam por este ou aquele motivo. Amigos ou familiares com autoestima baixa demais e tendência ao vitimismo; pessoas críticas em demasia, que cobram de nós mais do que podemos dar.

Evite, sempre que possível, situações de desgaste emocional. Morre de medo de fracassar profissionalmente e/ou está ansioso com relação ao seu futuro profissional? Evite no período da abstinência a convivência com extremos: pessoas que estão desempregadas há séculos e só sabem reclamar da vida e aquelas que acabaram de ser promovidas e estão de malas prontas para uma viagem (do seu sonho!) na Europa.

Se recolher e se preservar não é um sinal de que você não tem empatia pela dor do seu amigo desempregado, tampouco que está com inveja daquele que prosperou. Quer dizer, apenas, que essa questão não está bem resolvida para você e que durante a fase mais crítica da síndrome de abstinência NÃO É O MELHOR MOMENTO para lidar com isso.

Quando paramos de fumar é como se tivéssemos acabado de nascer e isso quer dizer que perdemos todo o nosso traquejo social. As mentiras brancas que aprendemos a contar para viver em sociedade, por exemplo, parecem nunca ter feito parte do nosso repertório e podemos criar bons atritos gratuitos pelo simples fato de sermos honestos em demasia -  ficamos sem filtro algum. 

Outro efeito colateral desse (re) nascimento? Não sabemos lidar com NENHUM tipo de frustração! Nem a mais ridícula delas como, sei lá, dar de cara com a sua pizzaria predileta fechada. Tudo (e nada) é motivo para raiva, frustração, medo, insegurança, sensação de desamparo, vontade de chorar e de sumir, grito, porrada e bomba (ainda que imaginários).  

Acontece que se relacionar É se frustrar, o outro SEMPRE vai nos frustrar e nós sempre vamos frustra-lo, portanto, evitar relações delicadas e espinhosas independentemente das pessoas fumarem ou não é super indicado nessa fase tão difícil. Palavra de quem passou por isso sete vezes.

Já as famosas "situações gatilho" confesso que sempre dou boas gargalhadas quando leio isso porque absolutamente TUDO é situação gatilho para um fumante inveterado, inclusive fazer cocô pela manhã, mas evitar a bebida alcoólica nos primeiros dias realmente é fundamental para não cair em tentação.

Férias mon bijou, férias! Não tenha a brilhante ideia de parar de fumar na semana em que você tem que entregar relatórios importantes ou se reunir com clientes potenciais importantíssimos e/ou precise ministrar uma palestra para um público considerável.


SEJA RAZOÁVEL com você mesmo, não se maltrate!

Saiba que vai começar uma luta. Entre nessa luta para ganhar. O primeiro passo para isso é conhecer seu adversário e saber que ELE É SIM fortíssimo, MAIS forte que você, porém conhecendo todas as suas  estratégias você pode pega-lo desprevenido e leva-lo a nocaute!

monicamontone




imagem: google  

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