Todos os especialistas concordam: devemos nos afastar de pessoas que compartilhavam o vício conosco quando abandonamos qualquer tipo de droga; devemos evitar as famosas "situações gatilho" - ingerir bebida alcoólica, por exemplo.
Até aí, tudo
certo, mas têm algumas informações subjacentes a essas dicas que nunca são
ditas, por isso resolvi escrever.
Devemos nos
afastar não apenas dos amigos que partilhavam o maldito do cigarro com a gente por um breve período,
mas de TODOS aqueles que NOS intoxicam por este ou aquele motivo. Amigos ou familiares com autoestima
baixa demais e tendência ao vitimismo; pessoas críticas em demasia, que
cobram de nós mais do que podemos dar.
Evite, sempre que possível, situações de desgaste emocional. Morre
de medo de fracassar profissionalmente e/ou está ansioso com relação ao seu
futuro profissional? Evite no período da abstinência a convivência
com extremos: pessoas que estão desempregadas há séculos e só sabem reclamar da
vida e aquelas que acabaram de ser promovidas e estão de malas prontas para uma
viagem (do seu sonho!) na Europa.
Se recolher
e se preservar não é um sinal de que você não tem empatia pela dor do seu amigo
desempregado, tampouco que está com inveja daquele que prosperou. Quer dizer,
apenas, que essa questão não está bem resolvida para você e que durante a fase
mais crítica da síndrome de abstinência NÃO É O MELHOR MOMENTO para
lidar com isso.
Quando
paramos de fumar é como se tivéssemos acabado de nascer e isso quer dizer que
perdemos todo o nosso traquejo social. As mentiras brancas que aprendemos
a contar para viver em sociedade, por exemplo, parecem nunca ter feito parte do
nosso repertório e podemos criar bons atritos
gratuitos pelo simples fato de sermos honestos em demasia - ficamos sem filtro algum.
Outro efeito
colateral desse (re) nascimento? Não sabemos lidar com NENHUM tipo de
frustração! Nem a mais ridícula delas como, sei lá, dar de cara com a sua
pizzaria predileta fechada. Tudo (e nada) é motivo para raiva, frustração,
medo, insegurança, sensação de desamparo, vontade de chorar e de sumir, grito,
porrada e bomba (ainda que imaginários).
Acontece que
se relacionar É se frustrar, o outro SEMPRE vai nos frustrar e nós sempre vamos
frustra-lo, portanto, evitar relações delicadas e espinhosas independentemente das pessoas fumarem ou não é super indicado nessa fase tão difícil. Palavra de quem
passou por isso sete vezes.
Já as
famosas "situações gatilho" confesso que sempre dou boas gargalhadas
quando leio isso porque absolutamente TUDO é situação gatilho para um fumante
inveterado, inclusive fazer cocô pela manhã, mas evitar a bebida alcoólica nos
primeiros dias realmente é fundamental para não cair em tentação.
Férias mon
bijou, férias! Não tenha a brilhante ideia de parar de fumar na semana em que
você tem que entregar relatórios importantes ou se reunir com clientes
potenciais importantíssimos e/ou precise ministrar uma palestra para um público
considerável.
SEJA
RAZOÁVEL com você mesmo, não se maltrate!
Saiba que vai começar uma luta. Entre
nessa luta para ganhar. O primeiro passo para isso é conhecer seu adversário e
saber que ELE É SIM fortíssimo, MAIS forte que você, porém conhecendo todas as
suas estratégias você pode pega-lo desprevenido
e leva-lo a nocaute!
monicamontone
imagem: google
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