Como já contei por aqui, eu estava muito deprimida e não sabia. Mascarava os sintomas
com doses cavalares de nicotina (quase dois maços de cigarros por dia). Bastou
tirar a nicotina para que os sintomas viessem a baila: .
1. Insônia desesperadora -
com direito a taquicardia, choro e pensamentos catastróficos; .
2. Necessidade de isolamento - evitava ao máximo encontrar pessoas, só
aceitava por perto meu namorado e minha família;
3. Misto de medo avassalador do futuro + certeza absoluta de
que nada ia dar certo;
4. Sentimento de despersonalização - perda total de
objetivos e de reconhecimento de mim mesma (sempre dizia que estava com
saudades de mim). .
5. Pensamentos catastróficos de que eu ia morrer (ou
adoecer) ou alguém próximo e amado ia morrer (ou adoecer), .
6. Sentimento de culpa e fracasso; .
7. Necessidade absoluta de ser tratada como a um bebê e
vergonha igualmente proporcional a essa necessidade. .
8. Vontade de desaparecer completamente (morrer sem precisar
me matar ou ficar dormindo congelada por anos) e culpa por essa emoção. .
9. Aversão àquela versão frágil e até então desconhecida de
mim; .
10. Choro desenfreado e compulsivo em alguns momentos, dor
nas costas, ânsia de vômito, espasmos musculares. .
Foram aproximadamente 6 meses desse terror.
Não quis tomar antidepressivo, tratei com terapia,
acupuntura, meditação, atividade física, homeopatia e floral e em momentos de
crise forte (a contragosto) Rivotril.
O que foi fundamental para a minha reabilitação foi o amor,
paciência, apoio e carinho de pai, namorado e família e MINHA CRENÇA de que
aquilo NÃO ERA EU e sim uma fase que ia passar. .
Não se render, SE CONVOCAR a não acreditar nas mentiras que
a depressão/ansiedade conta é O PRIMEIRO PASSO. .
Se está passando por isso, ACREDITE que vai passar e uma
hora você vai encontrar a melhor forma de sair desse labirinto de desespero.
Uma coisa é certa: terapia é FUNDAMENTAL.
Tenha paciência com você! Tenha fé! E busque ajuda!
monicamontone
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