Oh-Yeah, eu
fui gerada na mais pura nicotina. Naquela época não tinha Internet, tampouco se
falava tanto dos malefícios do cigarro.
Podia-se
fumar em locais fechados (inclusive elevadores e aviões), havia propaganda de
cigarro na TV e os pais costumavam pedir para que os filhos fossem comprar
cigarros para eles na padaria.
Ou seja, não
era indicado fumar durante a gestação
mas também "não era" imprescindível como hoje os médicos apontam e as
pessoas ao redor cobram.
Mamãe fumou
minha gestação e amamentação inteira, bem como nas gestações das minhas irmãs.
Ao redor, papai e vovô também fumavam.
Resultado?
Duas filhas alérgicas e com problemas pulmonares (asma e bronquite) e uma filha
tabagista: eu.
Papai fumou
por mais de 40 anos, teve um problema seríssimo de estômago e parou. Mamãe
fumou por mais de 40 anos, teve um enfarte e parou. Vovô fumou por mais de 60
anos, teve um câncer de pulmão decorrente do cigarro, parou, mas depois voltou
e morreu na sequência.
E eu, bem,
eu fumei por mais de 20 anos, parei e voltei várias vezes, mas agora espero ter
conseguido definitivamente (estou há 12 meses sem fumar).
Felizmente
não tenho (tampouco espero ter!) nenhum problema de saúde.
Mesmo com
todos os exemplos negativos ao redor eu simplesmente não conseguia parar. Foi
quando eu desejei intimamente me libertar de todas as amarras de minha vida que
o cigarro entrou na dança.
Não há pesquisas que apontem que o vício possa ser hereditário ou influenciado pelo consumo da mãe tabagista, mas caso a criança tenha predisposição a adicção (meu caso!) ter o exemplo negativo dentro de casa infelizmente colabora.
Segundo a
revista Crescer 87% das fumantes que engravidam não conseguem deixar o vício e
94% retornam a ele seis meses depois de dar a luz por conta do peso. Uma pena, né?
Outros
dados:
"Os filhos de mães que fumam, geralmente, são mais enfermos. As
principais doenças que atingem estas crianças são as infecciosas de repetição,
como rinite, bronquite, asma ou qualquer outra doença pulmonar, além de morte
súbita infantil", afirma Clóvis Eduardo Tadel Gomes, pneumologista do
Hospital Sabará, localizado em São Paulo.
Portanto, evitar fumar na gravidez (e depois de dar a luz) continua sendo o caminho mais indicado para para as mamães.
monicamontone
imagem google
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